Ele não mais chorou em noites de frio.
Foi até dentro de si e trouxe um amanhecer tardio,
mas não fechou-se como mãos,
apenas foi abrindo os olhos, como quem acorda
e viu no espelho
(ainda manchado pelo tempo)
seu rosto marcado e seus olhos pesados.
Da gaveta da cômoda antiga e maltratada
retirou a sua caiza de pandora, limpou a poeira e abriu-a.
Dela nada saiu.
Mas tudo que estava ao seu redor menifestou-se
como um extraordinário redemoinho de sensações.
Inundou-se de sentimentos, sentou-se à margem da vida.
E sorriu.
Marcel
22.01.04
2 comentários:
Essa foto é tão canhosa..
O texto belo como havia de ser..
Beijos
Corrigindo::
Foto tão CARINHOSA...rs
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