sexta-feira, 17 de agosto de 2007

. pequeno poema para seres inanimados e corações vazios .


Meço umas palavras loucas

e atiro-as pela janela.

As flores que brotam do jardim da casa do meu amor

já não são mais amarelas

e do céu da minha boca

jorram músicas, fotografias e cartas.

Não me importa o dia da semana

gregorianamente condizente

com a rotina repudiante.

Vou é viver a terça-feira

como uma sexta de céu azul

e cheiro de chuvisco e jasmim.

Criarei todas as palavras que você não me disse

e jogá-las-ei por debaixo da tua porta

junto com flores vermelhas e copos de leite.

Escalo muros e arrisco rimas.

Não sou poeta e não sou rei,

porém,

tenho um castelo

de sonhos impossíveis

e canções de amor.



Marcel22.05.2002

Nenhum comentário: