Ele não mais percisou fazer versos tristes.
Deitou-se em folhas em branco
e imprimiu sua alma
como quem faz poemas no escuro
(porém, as luzes estavam acesas).
E atravessou a noite com passos lânguidos
e frases não-feitas.
Ele deixou de lado a dor que sentia
quando jogou na fogueira o fardo que carregava.
Quis procurar novos versos
mas cuidou primeiro em cuidar do seu amor.
Construiu pontes e cruzou rios.
Abriu estradas, abriu pulmões, respirou.
E viveu.
Marcel
22.01.04
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