sexta-feira, 17 de agosto de 2007

. da vida .


Ele não mais percisou fazer versos tristes.

Deitou-se em folhas em branco

e imprimiu sua alma

como quem faz poemas no escuro

(porém, as luzes estavam acesas).

E atravessou a noite com passos lânguidos

e frases não-feitas.

Ele deixou de lado a dor que sentia

quando jogou na fogueira o fardo que carregava.

Quis procurar novos versos

mas cuidou primeiro em cuidar do seu amor.

Construiu pontes e cruzou rios.

Abriu estradas, abriu pulmões, respirou.

E viveu.



Marcel

22.01.04

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