Ele não mais traçou caminhos sem rumo.
Um dia, balançando-se no pêndulo impreciso
(que é a vida)
olhou do alto o mundo em que vivia.
Viu os sorrisos passarem
como se passam os anos:
verdadeiros e presentes - porém efêmeros.
Percebeu que suas roupas eram velhas
e a moda, passageira.
Só os farrapos se eternizavam em tecidos crus
feito chambres maltrapilhos.
Como vento em desalento,
rodopiou febril na chuva que derramava cânticos nostálgicos.
E chorou.
Marcel
22.01.04
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